segunda-feira, 28 de agosto de 2017
segunda-feira, 21 de agosto de 2017
Animação cultural - Vilém Flusser
Em relação ao texto "Animação cultural", que abrange diversas ideias, as que mais me chamaram a atenção foram o fato de o homem criar mitos em que se auto declara um objeto, o primeiro de todos, afirmando assim, segundo o autor, a superioridade da objetividade em relação a animalidade, e também, por ser o primeiro, alegar ser superior às demais coisas (animais, objetos em si, etc.). A outra ideia por mim destacada é a de que o homem funciona em função dos objetos, é animado por eles e, sem os mesmos, não haveria quem "ditasse as regras". Ao se considerar tais pontos de vista, percebo que, mesmo com sua auto proclamada superioridade e a busca por essa de inúmeras maneiras, o ser humano acaba sendo escravo de meros objetos que, por ironia, são criados pela humanidade para reafirmar a inexistente supremacia sobre todas as coisas, assim, a ruína do homem acaba sendo ele próprio. Percebo isso observando as constantes inovações em prol do desenvolvimento, mas que aprisionam os seres humanos, fato que fica claro no dia a dia, ondes pessoas vivem em função de celulares, o mais óbvio exemplo, chegando ao ponto de alguém não conseguir acordar sem o auxílio de um instrumento, deixando claro que a tão sonhada superioridade nunca existiu, as máquinas ganharam.
domingo, 20 de agosto de 2017
A moda e a arquitetura
A moda, assim como a arquitetura, é um meio de expressão em que o indivíduo se envolve para assim obter o seu manto perante a sociedade e, consequentemente, expressar seu ser através desse meio. Porém, se desprendendo dessa ideia, em ambas as áreas, algumas vezes, o objetivo final de uma atuação é simplesmente uma forma de promover uma interação na sociedade em si, fugindo assim da individualização do ser. Tanto a moda quanto a arquitetura promovem formas de segregação na sociedade, seja ela por meio de fácil ou difícil acesso, seja por simplesmente impor padrões a serem seguidos.
Mesmo sendo campos bastante parecidos e segregatórios, a arquitetura acaba tendo um papel mais importante a acessível nesse sentido, pois por meio dela, pode-se criar novos ambientes com uma maior atuação social, e também chegar e abrir espaço em lugares em que a vestimenta não chegaria com a mesma facilidade. Como exemplo, há a disposição de espaços criados pela a arquitetura ao longo das cidades que contribui para a influência da moda, que caminha junto com os ideais da obra, o que é uma grande responsabilidade para com os seres diretamente afetados por isso.
Ao perceber isso, nota-se que ambas as áreas se influenciam diretamente, no entanto, tendo um papel social mais direto, a arquitetura deve não só reconhecer seu papel principal na sociedade, como também ter a noção de que, mesmo trabalhando com a individualização do ser, há uma questão social na sua atuação, sendo essa direta e indiretamente, o ponto de partida para uma mudança da sociedade e também da influência de outros campos como a moda.
Mesmo sendo campos bastante parecidos e segregatórios, a arquitetura acaba tendo um papel mais importante a acessível nesse sentido, pois por meio dela, pode-se criar novos ambientes com uma maior atuação social, e também chegar e abrir espaço em lugares em que a vestimenta não chegaria com a mesma facilidade. Como exemplo, há a disposição de espaços criados pela a arquitetura ao longo das cidades que contribui para a influência da moda, que caminha junto com os ideais da obra, o que é uma grande responsabilidade para com os seres diretamente afetados por isso.
Ao perceber isso, nota-se que ambas as áreas se influenciam diretamente, no entanto, tendo um papel social mais direto, a arquitetura deve não só reconhecer seu papel principal na sociedade, como também ter a noção de que, mesmo trabalhando com a individualização do ser, há uma questão social na sua atuação, sendo essa direta e indiretamente, o ponto de partida para uma mudança da sociedade e também da influência de outros campos como a moda.
Do 0 ao 1 e do 1 ao 0
Ao se analisar a sociedade atual, percebe-se facilmente uma corrida para o sucesso, vitória, uma corrida para sempre se alcançar a posição número 1, número este disputado e almejado por todos, enquanto seu outro lado, naturalmente o 0, é visto como derrota, falha nos objetivos, um lugar em que ninguém deseja estar. Ambos os números sempre foram sinônimos de oposição, enquanto o 1 é a verdade, o 0 é a mentira, e assim as comparações continuam.
É possível perceber este antagonismo facilmente na sociedade ao observar, por exemplo, como isso acontece na política, ou ainda no futebol, religião e, por fim, posicionamentos em geral, onde praticamente não há diálogos entre as partes, o que contribui para a formação de uma sociedade incomunicável.
Com essa perspectiva, pode-se acreditar que isto seja talvez até algo normal, que um diálogo não precisa ultrapassar barreiras do pensamento e que, no fim, não acrescenta ideais realmente necessários ou que possam fazer o indivíduo levar em consideração. Por outro lado, a base de um computador, por exemplo, é o código binário, formado por apenas os números 0 e 1. Com esse fato, acaba por surgir uma nova perspectiva, de que, por mais que estereotipados, o 0 e o 1 podem sim serem usados em conjunto para a formação de algo maior, mesmo com as diferenças e aparente antagonismo, ideias diferentes podem e devem ser trabalhadas a fim de se obter uma comunicação proveitosa e, claramente, melhor que o atual incomunicável diálogo da sociedade.
Uma analogia deste conceito pode ser feita com a arquitetura, onde se vê cada vez mais obras que não dialogam entre si e nem com o espaço que ocupam, o que contribui para a lógica binária presente na contemporaneidade. Sendo assim, por que não dizer que a arquitetura pode ser uma das chaves para mudar esta forma de observar o meio em que se vive e abrir portas para conversas fora do batido e já citado antagonismo incorrigível do 0 e 1?
É possível perceber este antagonismo facilmente na sociedade ao observar, por exemplo, como isso acontece na política, ou ainda no futebol, religião e, por fim, posicionamentos em geral, onde praticamente não há diálogos entre as partes, o que contribui para a formação de uma sociedade incomunicável.
Com essa perspectiva, pode-se acreditar que isto seja talvez até algo normal, que um diálogo não precisa ultrapassar barreiras do pensamento e que, no fim, não acrescenta ideais realmente necessários ou que possam fazer o indivíduo levar em consideração. Por outro lado, a base de um computador, por exemplo, é o código binário, formado por apenas os números 0 e 1. Com esse fato, acaba por surgir uma nova perspectiva, de que, por mais que estereotipados, o 0 e o 1 podem sim serem usados em conjunto para a formação de algo maior, mesmo com as diferenças e aparente antagonismo, ideias diferentes podem e devem ser trabalhadas a fim de se obter uma comunicação proveitosa e, claramente, melhor que o atual incomunicável diálogo da sociedade.
Uma analogia deste conceito pode ser feita com a arquitetura, onde se vê cada vez mais obras que não dialogam entre si e nem com o espaço que ocupam, o que contribui para a lógica binária presente na contemporaneidade. Sendo assim, por que não dizer que a arquitetura pode ser uma das chaves para mudar esta forma de observar o meio em que se vive e abrir portas para conversas fora do batido e já citado antagonismo incorrigível do 0 e 1?
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